domingo, 19 de fevereiro de 2012

A Atlântida das areias(Iram dos pilares)



O Alcorão se refere a Iram (ou Irem) como a cidade cujas avenidas eram pavimentadas com ouro e prata. Cujos prédios tentavam ascender rumo ao céu e cujo povo se cobria de jóias e riquezas que transbordavam graças ao incessante comércio.

O livro sagrado dos muçulmanos vai ainda mais longe. Diz que a cidade de Iram era uma jóia em meio ao árido deserto de Rub Al-Khali, localizado na Península arábica no atualSultanato de Omã.

Segundo os textos sagrados Sheddad, o Rei de Iram decidiu construir um lugar na terra tão belo e rico que poderia rivalizar com o que ele imaginava ser o Paraíso. Ele chamou seus fiéis servos e ordenou que eles construíssem esse lugar mágico. As obras levaram mais de trezentos anos, incluíndo a construção de grandes palácios, gigantescas torres abobadadas, minaretes decorados, praças e mercados, além de lagos artificiais, bosques e inexpugnáveis fortalezas para defender o lugar de invasores. A entrada da cidade possuía dois portões de bronze e muradas de pedra que a envolviam por inteiro. As casas e palácios eram ornamentados com pedras preciosas encrustadas e uma arquitetura única.

Mas o orgulho seria a razão da queda de Ubar, pois o povo que lá vivia se tornou decadente e se entregou a todo tipo de excesso. Os descendentes de Sheddad acreditavam que realmente viviam no paraíso e não precisavam mais respeitar Deus para garantir sua recompensa na outra vida. Deus enviou um profeta para alertar aos habitantes de Iram, mas eles não quiseram ouvir o homem santo. O profeta foi ridicularizado, depois seu corpo foi flagelado por chicote, seus olhos vazados e sua língua arrancada e pregada em um poste na praça central. A Ira de Deus então desceu sobre Iram e seu povo.

A cidade foi fustigada pela areia do Rub al-Khali em uma tempestade jamais vista, até que as torres foram soterradas, as alamedas tomadas pela aridez e os poços secaram. O povo caiu em desespero, a ventania furiosa arrancava a carne dos ossos e a poeira cegava quem olhava para o horizonte. No último momento tentaram se arrepender, mas a ira divina que se abateu sobre a outrora orgulhosa Iram foi impiedosa. No fim, nada restou da gloriosa cidade que desapareceu da vista dos homens a não ser a memória de suas maravilhas e da corrupção de seu povo.

Para quem achou a estória familiar, saiba que ela pode muito bem ter sido a base para a parábola de Sodoma e Gomorra, as cidades que foram varridas da face da Terra pela fúria de Deus conforme o Antigo Testamento. Assim como Iram, Sodoma e Gomorra eram cidades ricas, entrepostos comerciais importantes, em que o povo havia se entregado a vícios e atos desrespeitosos (alguém já se perguntou de onde vem a palavra sodomia?). Como muitas das lendas possuem uma base no mundo real, quem sabe não foram as estórias sobre Iram que geraram o trecho sobre as cidades gêmeas.

Segundo as lendas, Iram teria sido fundada em 3000 AC e destruída dois mil anos mais tarde. Ela teria sido um importante entreposto comercial com a Europa, uma importante cidade que se localizava no coração da Rota do Incenso que levava sândalo, óleos aromatizados e incenso para os ricos e ávidos romanos. Mas a verdade é que Iram sempre foi considerada na melhor das hipóteses como uma lenda.

Há entretanto algumas poucas menções a ela além da parábola do Alcorão. Arqueólogos que descobriram as ruínas da cidade de Ebla na Síria, encontraram documentos em que uma certa Iram é citada como importante parceiro comercial. O mesmo documento afirma que a riqueza das casas mercantis de Iram era tamanha que empalidecia o próprio palácio real de Ebla.

O historiador grego Plotomeo também descreve a existência de Iram chamando-a de Ubar, nome da maior das casas de comércio em seu apogeu. Em um mapa desenhado no século II, Ptolomeo apontava uma região que chamava de "terra dos ubaritas" que segundo ele era o berço de uma civilização que construiu uma magnífica cidade no deserto. Ubar aliás passou a ser um sinônimo da cidade perdida e gerou certa confusão entre pesquisadores que em determinado momento as consideravam como cidades diferentes.

Lendas a respeito da cidade perdida coberta pelo deserto continuaram a cativar a mente de exploradores e chegaram intactas ao século XX.

Tanto que o aventureiro militar britânico T.E. Lawrence (o famoso Lawrence da Arábia) tinha planos de realizar uma expedição de busca para encontrar as ruínas de Iram. Lawrence chamava a cidade de "Atlântida das Areias" e acreditava que sua descoberta seria um marco para a arqueologia. Ainda segundo as anotações de Lawrence, Iram era um centro cultural extremamente avançado similar a Atlântida do Ocidente. Uma cidade com arquitetura megalítica cujas torres elevadas de mármore e pilares finamente decorados maravilhavam os visitantes. Mais atraente ainda era o fato de que Iram era considerada uma cidade amaldiçoada pelos beduínos. Esse temor teria preservado as riquezas da cidade da ação de ladrões ao longo dos séculos. A expedição jamais foi realizada, pois a campanha na Arábia durante a Grande Guerra preencheu todo o tempo de Lawrence.

Em 1932 coube a outro explorador britânico, Harry St. John Philby embarcar em uma expedição para encontrar as ruínas de Iram. Apesar de não ter tido êxito em localizar a cidade ele fez uma notável descoberta ao encontrar as incríveis Crateras de Wabar - que são profundas crateras no solo do deserto criadas a partir do impacto de meteoritos que transformaram a areia em vidro.

Também na década de 30, Bertrand Thomas lançou as bases para encontrar antigas rotas de comércio que segundo sua teoria levariam a Iram. Bertrand encontrou indícios de estradas usadas na antiguidade por caravanas, mas não chegou ao seu almejado destino. Na década de 50, foi a vez do arqueólogo americano Wendell Phillips de cruzar o mae de dunas em busca da Atlântida do Deserto. Infelizmente ele voltou para casa apenas com alguns poucos artefatos recolhidos no solo pedregoso.

Iram tinha tudo para permanecer como uma lenda pela eternidade, mas não foi bem assim.

No início dos anos 80, um grupo de pesquisadores conseguiu convencer a NASA a ceder seu equipamento do programa de mapeamento Landsat para investigar a lenda de Iram. A equipe concentrou as buscas em antigas rotas de caravanas de camelos que deixavam uma marca distinta no solo do deserto. Examinando essas rotas, os pesquisadores conseguiram encontrar uma série de estradas que conergiam para o mesmo local conhecido pelos habitantes como o antigo oásis de Ash Shizar.

O oásis abasteceu a região até o século XVI, ele possuía cavernas subterrâneas de calcário que até essa época acumulavam reservatórios naturais de água. Uma fortaleza chegou a ser construída para proteger o oásis que servia como rota quase obrigatória das caravanas. Com o aumento da população, o nível da água começou a baixar ocasionando o ressecamento das paredes de calcário e erosão dos reservatórios. O oásis secou e a fortaleza foi abandonada.

As análises do solo pelo Landsat, no entanto, alertaram os pesquisadores para o fato de que a região de Ash Shizar ter uma topografia que parecia ter sido manipulada pela ação humana.

Uma expedição recebeu permissão para escavar a área em 1990 e suas descobertas forma incríveis sendo alardeadas nas principais publicações como uma das mais importantes da década.

Os arqueólogos encontraram as ruínas de uma fortaleza de pedra em formato pentagonal enterrada. Ao redor dessa estrutura estavam distribuídas a base de onze torres e de uma muralha com 90 centímetros de espessura. Ao longo de ruas pavimentadas a expedição descobriu várias habitações e casas construídas para alojar caravanas (caravanserais) que passavam pela cidade. Á grande quantidade desse tipo de construção evidenciava que a cidadela tinha um grande movimento de mercadores que vinham de terras distantes trazendo seus produtos. Grandes depósitos também foram encontrados, neles eram estocadas as mercadorias, sobretudo os incensos, alocados em colossais tonéis de madeira.

As escavações conduzidas pelos pesquisadores desvendaram outras fantásticas descobertas a respeito da vida naquela época. Jarros, potes e objetos do dia a dia foram encontrados nas casas, placas recobertas de símbolos cuneiformes e no idioma semítico, estatuetas e os tão comentados pilares que deram fama a Iram das lendas. Os arqueólogos também desenterraram vidros romanos, moedas sírias e fragmentos de cerâmica grega com mais de 4000 anos, evidenciando que o entreposto recebia comerciantes de vários lugares do mundo antigo que vinham de longe para fazer negócios.

Mais impressionante foi a descoberta de estábulos nos arredores da fortaleza e de fazendas onde se adestrava animais para suprir as necessidades das caravanas. O número de esqueletos de cavalos e camelos sugere que o local foi uma rota usada ao longo de muitos séculos.

As fazendas também concederam informações aos pesquisadores que verificaram a existência de canais de irrigação que distribuíam a água e assim possibilitavam o florescimento de agricultura. Depressões mais profundas sugerem a existência de reservatórios de água que deviam aproveitar os lençóis subterrâneos nas cavernas de calcário e suprir toda a cidade com água nascendo no meio do deserto.

Considerando as realizações do povo que habitou essa região na antiguidade, é difícil não se admirar o que eles conseguiram erguer em um ambiente absolutamente inóspito.

Mas ainda restam algumas dúvidas a respeito desse entreposto e as lendas sobre Iram. Ao que tudo indica a cidade encontrada se desenvolveu a partir da fortaleza construída em uma posição elevada e esta parece ser a construção mais importante. Não foram descobertas ainda ruínas condizentes com um palácio ou prédios administrativos. Nem mesmo templos estão presentes e estes seriam comuns em uma capital.

Existem algumas dúvidas se a fortaleza seria realmente Iram ou se não passaria de uma parte da cidade que protegeria a porção mais nobre. Mas se for assim os palácios, alamedas e monumentos da Atlântida das Areias, bem como seus tesouros ainda esperam ser encontrados.

Tesouro de Tutancâmon



Quando Howard Cartes encontrou a tumba do faraó Tutancâmon no Vale dos Reis, no Egito, em 1922, ele ficou embasbacado com o esplendor dos artefatos que o jovem rei levou para o além. Anexa à câmara funerária estava uma tesouraria com tantas joias e outros artefatos, que Carter demorou dez anos para conseguir catalogar tudo.
Contudo, quando as câmaras funerárias de mais faraós proeminentes foram desenterradas, no final do século 20, suas câmaras de tesouro estavam virtualmente vazias. É de conhecimento geral que os ladrões de tumbas andaram bem ocupados nas tumbas ao longo dos séculos, mas a escala do roubo exigida para limpar as tumbas dos reis está além de criminosos insignificantes. Então, onde está a vasta riqueza que os faraós enterraram no Vale dos Reis?
Alguns estudiosos acreditam que os tesouros foram apropriados pelos padres que conduziram novos enterros no Vale dos Reis entre o começo da 20ª e do fim da 21ª dinastias egípcias (de 425 a 343 a.C.). Os faraós não eram contrários à reutilização dos esplendores funerários de seus ancestrais, por isso a remoção pode ter ocorrido com a sanção oficial.
Um administrador em especial, Herihor, merece atenção especial. Herihor era um alto funcionário da corte durante o reinado de Ramsés 11. Com a morte de Ramsés, Herihor usurpou o trono, dividindo o reino com um co-conspirador, seu genro Piankh. Herihor colou-se a cargo dos procedimentos do reenterro no Vale dos Reis, proporcionando a si mesmo a grande oportunidade de roubar em larga escala.
Sua tumba nunca foi encontrada. Quando e se for, especialistas acreditam que os tesouros perdidos de muitos dos faraós do Egito finalmente verão a luz do dia.

Tesouros de Lima



Em 1820, Lima, no Peru, estava à beira da revolta. Como medida preventiva, o vice-rei de Lima decidiu transportar a fabulosa riqueza da cidade para um local seguro no México. Os tesouros incluíam pedras preciosas, castiçais, e duas estátuas em tamanho natural de ouro sólidas de Maria segurando o menino Jesus. Ao todo, o tesouro encheu 11 navios e foi avaliado em cerca de US$ 60 milhões.
O capitão William Thompson, comandante do Mary Dear, foi posto no comando do transporte das riquezas para o México. Mas o vice-rei deveria ter feito uma pesquisa sobre o homem a quem confiou a fabulosa fortuna. Thompson era um pirata, e um pirata implacável. Uma vez que o navio estava fora de vista da costa, ele cortou as gargantas dos guardas peruanos e jogou seus corpos ao mar.
Thompson então se dirigiu às Ilhas Cocos, no Ocenao Índico, onde ele e seus homens supostamente enterraram o tesouro. Eles então decidiram se separar e esperar até que a situação se acalmasse, quando eles se reuniriam novamente para dividir o espólio.
Mas o Mary Dear foi capturado, e a tripulação foi a julgamento por pirataria. Todos, exceto Thompson e seu imediato foram enforcados. Para salvar suas vidas, os dois concordaram em levar a Espanha ao tesouro roubado. Eles levaram os espanhóis o mais longe possível das Ilhas Cocos e conseguiram escapar na selva. Thompson, seu imediato, e o tesouro nunca mais foram vistos novamente.
Desde então, mais de 300 expedições tentaram, sem sucesso, localizar os tesouros de Lima. A teoria mais recente é que o tesouro não foi enterrado nas Ilhas Cocos, mas em uma ilha desconhecida longe da costa da América Central.

O tesouro do Barba Negra



O famoso pirata Barba Negra passou apenas dois anos (1716-1718) saqueando o alto-mar. Nesse período, contudo, ele angariou uma grande fortuna. Enquanto os espanhóis estavam ocupados obtendo todo ouro e prata que podiam extrair do México e da América do Sul, Barba Negra e seus companheiros esperavam pacientemente, e então atacavam os navios carregados de tesouros na viagem de volta para a Espanha.
O Barba Negra desenvolveu uma reputação assustadora como oportunista cruel e malévolo. Seu reinado de terror se centrou em torno das Índias Ocidentais e da costa atlântica da América do Norte, com sedes nas Bahamas e na Carolina do Norte. Seu fim chegou em novembro de 1718, quando o tenente britânico Robert Maynard decapitou o pirata e pendurou sua cabeça no gurupés de seu navio como um troféu pavoroso.
Mas o que aconteceu com o vasto tesouro amealhado pelo Barba Negra? Sabe-se que ele enterrou sua fortuna, mas nunca revelou o local. Isso, no entanto, não impediu incontáveis caçadores de tesouro de tentar colocar suas mãos nela. 
O navio afundado do Barba Negra, a Vingança da Rainha Anne (Queen Anne's Revenge), pode ter sido descoberto perto de Beaufort, Carolina do Norte, em 1996, mas o saque não estava a bordo. Possíveis localizações do estoque escondido incluem as ilhas do Caribe, a Baía de Chesapeake, na Virgínia, e as cavernas das Ilhas Cayman.

A Câmara de Âmbar


Descrita como a oitava maravilha do mundo por aqueles que a viram, a Câmara de Âmbar é certamente o mais exclusivo tesouro perdido da história.
Ela era uma sala de 1.021 m2 que consistia de de grandes painéis de parede incrustados com varias toneladas de pastilhas de âmbar, grandes espelhos com molduras de folhas de ouro e quatro magníficos mosaicos florentinos. Disposto em três camadas, o âmbar foi incrustado com joias preciosas, e vitrines de vidro hospedavam uma das mais valiosas coleções de arte russa e prussiana já reunida.
Criada para o rei da Prússia, Frederico 1º e dada ao czar russo Pedro, o Grande em 1716, a Câmara Âmbar estava localizada no Palácio Catarina, perto de São Petersburgo. Hoje esse tesouro estaria avaliado em mais de US$ 142 milhões.
Quando Adolf Hitler direcionou sua máquina nazista para a Rússia, os guardiões da Câmara Âmbar ficaram nervosos. Eles tentaram mudá-la de lugar, mas o âmbar começou a desmoronar, então eles tentaram cobri-lo com papel de parede. Não foram bem-sucedidos, e quando os nazistas tomaram Leningrado (ex- São Petersburgo), em outubro de 1941, eles reivindicaram a Câmara âmbar e a colocaram em exibição no Castelo Königsberg durante o resto da guerra.
Contudo, quando Königsberg se rendeu, em abril de 1945, o fabuloso tesouro não foi encontrado em lugar algum. A Câmara Âmbar nunca mais foi vista novamente. Os soviéticos inadvertidamente destruíram seu próprio tesouro com bombas? Ele foi escondido em um agora perdido  bunker subterrâneo fora da cidade? Ou ele foi destruído quando o Castelo Kösnigsberg foi queimado logo depois que a cidade se rendeu?
Provavelmente nunca saberemos ao certo. Mas felizmente para os amantes da opulência, a Câmara Âmbar foi detalhadamente recriada e está em exposição no Palácio Catarina.

A cidade perdida de Shambala


Deserto de Gobi, Mongólia - paisagem fantástica que abriga o segredo da Cidade dos Filhos de Deus, o lugar que nenhum ser humano comum pode alcançar, uma lenda de maldição que engole os viajantes e enlouquece os curiosos. Shambala, a cidade invisível das areias de Gobi, guardada pelos gênios djins,criadores de miragens perfeitas.

Por milhares de anos, rumores e relatos circulam no mundo sobre um lugar, além dos picos gelados do Tibet, além dos vales da Eurásia, onde fica um paraíso inacessível à maioria do homens, lugar onde reinam a sabedoria e a paz, uma cidade chamada Shambala.
Shambala, que em sânscrito significa "lugar de paz", é uma localidade mítica, habitada por uma comunidade de seres perfeitos e semi-perfeitos que em silêncio e segredo são os guias da evolução da humanidade.

Segundo a lenda, somente os "puros de coração" podem viver em Shambala. Ali desfrutam de completo bem estar e felicidade em uma existência sem sofrimento, sem angústia de desejos, sem doença ou velhice. Não há injustiças; as pessoas são belas e possuem faculdades metafísicas, extra-sensoriais. São altamente avançados sob todos os aspectos, do espiritual ao tecnológico, do artístico ao científico.

A localização exata de Shambala é um mistério. Numerosos exploradores e adeptos de diferentes tradições espirituais tentaram encontrar a "cidade invisível" sem sucesso. Apesar de tudo, parece certo que Shambala fica na Eurásia. Teósofos vão mais além e apontam o deserto de Gobi como o lugar que abriga a "morada dos deuses" (ou dos mestres ascensos). Entretanto, esta Shambala, que ninguém pode ver ainda que percorra todos os quadrantes do deserto, situa-se além da realidade física percebida pelo homem; Shambala é uma ponte, portal entre o mundo dos homens e um outro mundo, um mundo além da percepção ordinária. Muitos dos Lamas do Tibet dedicaram - e dedicam - suas vidas a obter um desenvolvimento espiritual que possa conduzi-los a uma "viagem até Shambala".

As Profecias de Shambala
A profecia fala da gradual degradação da raça humana, com a expansão da ideologia do materialismo cada vez mais generalizada em todo os lugares do mundo. Quando os "bárbaros materialistas" estiverem reunidos sob um governo maligno, quando não houver mais nada a conquistar as névoas dos Himalaias se dispersarão e revelarão Shambala, como uma jóia incrustada nas montanhas. Os bárbaros atacarão Shambala fortemente armados mas o 32º rei de Shambala, Rudra Cakrin (ou Kalki), conduzirá a reação contra os invasores que, então, serão destruídos.

Outra profecia parece se referir aos tempos atuais antecipando especificamente a desintegração do budismo no Tibet e o crescimento do materialismo no mundo. No que se refere ao Tibet, o país está praticamente anexado à China. O governo chinês, pouco afeito às tradições religiosas entende de controlar os mosteiros e interferir na tradição protocolar e hierárquica dos Lamas e monges. O exílio do Dalai Lama e do "Rinpoche" tibetano, Chögyan Trungpa - em 1959 - parecem marcar o começo de tempos difíceis para a civilização.


Pesquisa Acadêmica e Maldição
Em maio de 2003, o jornal russo Pravda noticiou a publicação de uma dissertação sobre Shambala, elaborada pelo pesquisador de ciência histórica, Andrey Sterlkov, do laboratório de filosofia do Bashkir Institute. É um dos raros trabalhos acadêmicos sobre o tema. Sterlkov refere-se a Shambala como um país legendário mencionado em ensinamentos antigos da sabedoria oriental, especialmente o Kalachakra Tantra. Ali habitam seres superiores em relação aos homens comuns, superiores em saberes e em faculdades metafísicas, possuidores de poderes extra sensoriais.

Os supostos poderes dos mestres de Shambala fascinaram e atraíram muita gente. Esotéricos, curiosos e estadistas perigosos como Hitler e Stalin. O governo nazista enviou mais de uma expedição ao Tibet e outras regiões da cordilheira Himalaia. Os nazis acreditavam que os arianos puros, "raça superior", eram descendentes diretos desses sábios transcendentais.

A lenda de Shambala tornou-se popular no Ocidente mas a verdade sobre esse lugar fantástico somente é conhecida pelos Lamas mais graduados, os únicos capazes de ler e entender as escrituras que contêm informações originais sobre esse assunto. as tentativas de descobrir o segredo de Shambala foram inúteis ou desgraçadamente infelizes: a maioria dos investigadores ocidentais que perseguiram o sonho de encontrar Shambala, morreram de forma trágica ou desapareceram sem deixar rastro.

São casos como o do orientalista alemão Albert Grunwedel, que viveu no começo do século XX e enlouqueceu enquanto trabalhava na tradução de textos sobre Shambala; atirou-se pela janela e morreu em um momento de insanidade.

Sterlkov acredita que a investigação sobre Shambala precisa de mais do que uma benção dos Lamas. Um pesquisador somente pode descobrir a verdade por trás da lenda quando entender que é necessário conhecer profundamente um ensinamento budista chamado Kalachakra Tantra. O texto místico deste ensinamento descreve o mítico país em detalhes. O próprio Sterlkov é um praticante Kalachakra: "Qualquer um que estude o Kalachakra chegará, inevitavelmente, a Shambala. Shambala é um espécie de pós-graduação para os estudantes avançados desse Tantra".

Shambala não existe no mundo físico... Conhecido no Tibet como o "Reino Oculto", é uma comunidade de seres perfeitos que estão guiando a evolução do ser humano... Os textos religiosos tibetanos descrevem a natureza física com detalhes, com sua estrutura semelhante ao lótus de oito pétalas, ali, oito regiões aparecem cercadas de montanhas. A capital é Kalapa. Os palácios são ornamentados com ouro, diamantes, corais e outras gemas preciosas. Cercado de picos recobertos de gelo, o conjunto, montanhas e palácios, são como uma jóia arquitetônica refletindo uma luz cristalina.
Uma tecnologia inusitada e avançada é usada em Shambala; um palácio possui clarabóias que são lentes e funcionam como "telescópios" de alta potência. Servem para estudar a vida extraterrestre. Há milênios os habitantes de Shambala usam veículos, naves - que circulam nos subterrâneos da terra através de um sistema de túneis. Os Shambaleans possuem, normalmente, faculdades metafísicas, não orgânicas, como a clarividência, a habilidade de mover-se a grandes velocidades, de materializar-se e desmaterializar-se, desaparecer...
Estranhos sinais e acontecimentos são registrados na região que os tibetanos reconhecem como localização de Shambala. Contam as lendas que o lugar é guardado por seres com poderes sobre-humanos. No início do século XX (anos de 1900), um artigo no periódico hindu The Statesman relata a aventura de um militar britânico que, acampando no Himalaia viu um homem muito alto, usando vestes claras e cabelos longos. Ao perceber que estava sendo observado, o estranho desapareceu! Os tibetanos não ficam surpresos com histórias assim e dizem que estes seres são aqueles que protegem a "Terra Sagrada". MUNDO MÍSTICO
O escritor Andrew Thomas, que viveu na China e na Índia, em seu livro Shambala, informa que antes de H.P. Blavatsky ter escrito Isis sem Véu e A Doutrina Secreta, menções a esse misterioso reino já tinham sido feitas por dois padres missionários católicos: Ètienne Cacella e Jean Cabral, há 350 anos [o texto é da primeira década de 2000].
Thomas foi discípulo de um outro investigador da "Ilha Branca", Nikola Roerich. Este pintor russo escreveu que: "No meio de colossais montanhas perenemente nevadas, sua expedição encontrara vales luxuriantes, fontes de água quente e, no mais, só rochas sempre cobertas de neve" e ainda - "Nos contrafortes dos Himalaias existem muitas grutas, e diz-se que vão até grandes distâncias, sob o Kinchinjunga. Houve mesmo quem visse a “porta de pedra” mítica, que nunca foi aberta porque ainda não chegou o tempo. Estas profundas passagens conduzem a Shambhala –o vale maravilhoso".[N. ROERICH - Himalayas’ Abode of Light – 1947 In JORNAL INFINITO, 2007.
O cientista Jacques Bergier, um dos precursores do realismo Fantástico contemporâneo, acreditava que Shambala localizava-se em uma das "dobras da terra" ou seja, uma dimensão desconhecida da física clássica.
O irmão mais velho do Dalai Lama atual (2007), Jigme Norbu, no livro Tibet, atesta a existência de Shambala, seus habitantes, sua tecnologia espantosa, as bibliotecas contendo todo o saber do universo, o papel dos dirigentes no destino da humanidade; um tesouro em todos os sentidos oculto em abrigos subterrâneos, em fortalezas de pedra, cavernas, não somente na cordilheira do Himalaia mas também nos Andes. [JORNAL INFINITO, 2007]

Shambala & Jesus
Apesar das contradições em torno da mitológica Shambala, é certo que ali habitam seres superiores no sentido de serem dotados de faculdades extraordinárias que não se manifestam no homem comum contemporâneo. Esses seres são sempre mencionados como mestres e entre os mestres "do bem" que, supostamente vivem em Shambala, destacam-se Buda e Jesus, ainda que não seja de todo impossível serem ambos o mesmo Espírito. O Livro de Ouro da Igreja Gnóstica expõe essa crença sem rodeios e também se refere ao estado de Jinas:

Shambala é um país secreto do Tibet Oriental. Ali vive atualmente Jesus, o Cristo com seu mesmo corpo ressuscitado há mais de 2 mil anos. Ali, no Shambala, tem seu Templo de Mistérios. O Shambala se encontra em estado de Jinas e é um gigantesco país. Ali existem os principais Monastérios e Templos da Igreja Gnóstica. Lá vivem muitos Mestres da Igreja Gnóstica, cujos corpos datam de idades antiqüíssimas, e estão em estado de Jinas. Quando Jesus caminhou sobre as águas, levava o corpo em estado de Jinas. Quando Jesus fez o milagre da multiplicação dos peixes e pães estava em estado de Jinas. Shambala é um país onde jamais chegaram os profanos, pois está muito oculto. Ele é o SALVADOR DO MUNDO, realmente o único que pode salvar−nos; Jesus Cristo trouxe a doutrina da Gnose do Universo. Jesus Cristo é um PARAMARTASATYA que renunciou ao ABSOLUTO para vir a este vale de lágrimas.
E sobre Agartha (ou Agarthi):
O REINO DE AGHARTI se encontra nas cavernas subterrâneas da Terra. A Terra é oca. Toda uma rede de cavernas constitui o Agharti. No Agharti vive o Patriarca Rei da Terra, com um grupo de sobreviventes da Atlântida.

Os Habitantes de Shambala
O reino invisível de Shambala é habitado por seres muito antigos, e outros provenientes de outras esferas de consciência (como Sanat Kumara) pertencentes aos remotos tempos da 3º Raça Raiz (Humana), na LEMÚRIA. No final da 3ª Raça Raiz surgiu a diferenciação pelo sexo, e as primeiras formas humanas caracterizadas por possuírem os dois sexos no mesmo corpo. Em seu começo, a 3ª Raça Raiz o ser humano era andrógino e assexuado (O Adão biblico), tornaram-se com o tempo em hermafroditas e, no final de seu ciclo dividiram-se em dois gêneros heterossexuais, macho e fêmea, nesse momento dando início à 4ª Raça Raiz já em ATLÂNTIDA (na Bíblia, é quando Eva é criada da costela de Adão). Contudo, essa evolução não foi homogênea: enquanto a maioria dos Lemurianos, aos poucos torva-se sexuada, uma parcela se manteve virgem (assexuada); recusaram a função reprodutiva e tornaram-se "Deuses", uma Dinastia Divina.
A introdução do sexo na ontologia humana provocou acentuadas mudanças de comportamento na Raça: o desejo, que servia como força propulsora da "conservação da espécie", também engendrou desequilíbrios emocionais e, deste modo, o "pecado" surgiu no mundo nas diferentes formas de violência. Os primeiros sexuados, dotados de desejo e carentes de inteligência, procriaram com animais dando origem às sub-raças ferozes que não tardaram a se destruir mutuamente. 

Enquanto isso, vetores (Um modo como o Criador cria) da geologia, do clima e do Cosmos trabalhavam provocando convulsões climáticas e estruturais no planeta. Uma era Glacial começava; a humanidade física agora tinha de proteger-se dos humores da Terra. Foi então que, em socorro da Raça manifestaram-se os Nirmanakayas, Serpentes Sábias, Dragões de Luz e os precursores dos Iluminados (Buddhas) - reis divinos que ensinaram as artes e ciências para a humanidade.

Estes Iluminados viveram entre os homens até meados do período de existência da Quarta Raça, a Raça Atlante, a que foi dizimada pelo evento conhecido por todas as culturas antigas como a grande inundação, o Dilúvio bíblico, há treze mil anos atrás. Quando a iniqüidade, os maus instintos, a maldade, enfim, começou a tomar conta de todos os povos do mundo, a civilização Atlante, decadente, viu seus Reis divinos se retirarem para a remota Ilha ou reino de Shambala - para uns, e Agarthi, para outros - de onde presidiram o fim da Quarta Raça, escapando do cataclisma e viram o alvorecer da atual Quinta Raça da qual, agora, testemunham a degenerescência e que esta chegando ao final de seu ciclo.